Há uma diferença básica entre Micropatriologia
e Micronacionalismo.
MICROPATRIOLOGIA se sentencia como sendo a ação de
pesquisar tudo o que se refere à nações verdadeiras com território físico minúsculo.
MICRONACIONALISMO tem a ver com o ato de vivenciar uma
experiência em grupo, com leis e regras de convivência, ambientando uma comunidade de
verdade.
Micronacionalismo
Não é uma
tarefa fácil tentar definir por completo o que é micronacionalismo, até porque existem
muitas formar de exerce-lo, com objetivos diferentes e cada ramo defendendo seu modo como
sendo o certo. Iremos então apenas citar vários destes modos, sem entrar em definição
para dizer o que ou quem está correto.
Por definição de
dicionário, NACIONALISMO é sinônimo de patriotismo, e quer dizer também: preferência
por tudo que é próprio da nação a que se pertence; política de encampação de todas
as atividades básicas do país.
Todas as grandes
nações do mundo começaram pequenas, e com o passar das eras foram se ajuntando e
definindo os territórios que ora conhecemos. Porém, por várias razões, ainda existem
muitas destas nações minúsculas, sobre as quais você pode conferir na página micropatriologia.
Faço apenas duas
classificações de micronacionalismo:
1. O que desenvolve a pretensão de
formar uma nação de fato, com território próprio, independente e reconhecido
mundialmente, inclusive pela ONU.
2. O que desenvolve apenas o exercício
de micronacionalismo, sem pretensões separatistas e de adquirir território
físico no planeta Terra. São comunidades que, na maioria absoluta dos casos, se agrupam
apenas como hobby. Alguns encaram o hobby seriamente e outros como a mais pura diversão e
passatempo. No entanto, apesar de cada um destes grupos encararem facetas diferentes deste
hobby, todas tem uma coisa em comum: tem gente, tem regras
e tem identidade.
A primeira opção de
micronacionalismo é matéria extensa e dela não faz parte o Sacro Reino de Pathros.
Estamos ligados à segunda opção, e é sobre ela que comentaremos um pouco.
O micronacionalismo
que se utiliza da internet (que é a realidade de Pathros) é recente e começou em meados
da década de 90. Antes disto já existiam diversos grupos que formavam pequenas nações,
a maioria com fins de divertimento apenas. Algumas norte-americanas, muitas das quais
começaram em 1920, têm como tema o ambiente renascentista, com ares de reis e rainhas,
nobreza, batalhas campais de cavaleiros com suas armaduras em cima de seus cavalos.
Para exemplificar quero citar o Kingom
of the West, (www.westkingdom.org)
localizado basicamente no Estado na Califórnia, nos EUA, mas o "território" de
todo seu "Reino" se estende por todo o Oceano Pacífico, tendo baronatos na
Austrália e inclusive no Japão. Este grupo existe desde 1967 exclusivamente com fins de
entretenimento, mas nem por isso é baderna.
Eles seguem o
regime de governo medieval, que apesar de ser um hobby para puro divertimento, tem regras
de convivência e governo, e todos têm que se comprometer com elas.
Os vários
baronatos são as comunidades deste Reino espalhadas pelos EUA, os quais têm encontros
semanais quase sempre em camppings para realizarem batalhas campais, apresentação de
músicas medievais, cerimônias de coroação de concessão de títulos de nobreza. |

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República de Orange |
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Califado Malê |
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Principado de Sofia |
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Comunidade Livre de
Pasárgada |
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Nobre Monarquia do
Alto-Reino |
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Porém, nem só deste tipo de diversão é formado o hobby, apesar dele ter começado
assim. Hoje em dia o micronacionalismo mais comum é o que envolvem situações quase como
se fosse uma Nação de verdade, contendo constituição nacional, leis civis, legislativo
eleito por votos popular, judiciário, presidentes de Repúblicas eleitos, vários
partidos políticos dentro de uma só Micronação, etc. Quando estas MN's são
Monarquistas, exercem muitas vezes o Absolutismo e também o Parlamentarismo.
Este novo
conceito de micronacionalismo foge completamente do esteriótipo de pura diversão, apesar
de que um hobby é por natureza uma atividade voltadas para distração e entretenimento.
Micronacionalismo não é um game de RPG, pois por mais que se use alguns elementos
fantasiosos, eles servem apenas para "ilustrar" o "cotidiano", mas os
micronacionalistas são pessoas de verdade, com sentimentos e idéias verdadeiras, e que
usam de sua capacidade intelectual real e não inventada. E aquelas MN's voltadas para
ideais filosófico-políticos muitas vezes trazem para dentro delas os mesmos ideais
políticos como por exemplo os do PMDB, PT, PDS, PC, etc ...
Esta nova
característica de micronacionalismo já não mais tornava necessário os encontros
pessoais, e muitas destas primeiras se comunicavam via cartas que eram enviadas por
correio. Com o advento da Internet, tudo ficou mais fácil por causa dos e-mails, que por
serem mais rápidos, eram mais baratos e abria um leque de oportunidades para muito mais
gente. Destas MN que optaram por usar o ambiente virtual, destaca-se o Reino de Talossa, a primeira que
se conhece, crianda em 1979 e que ainda está em atividade. Aqui no Brasil temos o Estado de Porto Claro, criado em 1992 e
que hoje não tem mais cidadãos. No Brasil se convencionou chamar de Lusófonas
as MN que têm como principal língua o Português. Existem (e já existiram) muitas MN
lusófonas.
Não queremos
classificar e "enquadrar" os estilos que as pessoas escolheram para exercerem
micronacionalismo, queremos apenas citar apenas alguns dos muitos estilos, sem querer ser
injusto para com as não citadas, porque não é nossa intenção fazer uma matéria
extensa.
Basicamente as
MN lusófonas se dividem em regimes republicanos e monárquicos, mas não podemos deixar
de falar que existem algumas "fantásticas" que foram criadas numa estação
espacial, e outras numa ilha suspensa no espaço terrestre. A maioria das MN adotam um
estilo cultural imitando as nações reais, mas há as que desejam apenas exercer leis e
cidadanias, não usando nenhum fator virtual. Em muitas das MN são adotadas
"famílias", sendo comum a simulação de casamentos e adoção de filhos, que
no fundo o objetivo é apenas o de criar um ambiente familiar virtual, mas já em outras
MN isso é puramente tolice. Nas MN monárquicas, são concedidos títulos de nobreza para
as pessoas que se destacam pela promoção e crescimento de sua nação. Em algumas existe
até sistema monetário, com banco virtual on-line e moeda corrente. Algumas seguem
estilos religiosos, outras seguem elementos fantásticos, outras seguem tendências
comunistas, outras liberalistas. Algumas primam por terem excelentes sites, outras se
limitam quase que exclusivamente à sua lista de debates por e-mails.
Uma coisa é certa:
nacionalismo não é um conceito fechado no modo de estilo de vida, mas podemos definir
apenas que se trata da ação de algumas pessoas que se agrupam com fins sociais, e que
para viverem unidas necessitam de regras e de governo, seja com objetivos puramente de
divertimento, seja com objetivos sérios com pretenssões à se chegar à formar uma
nação de fato, mesmo que micro.
Também outra
coisa é certa: não é a existência de um site da internet que caracteriza uma
micronação, pois o site é apenas a cara dela. A micronação pode usar de artifícios
virtuais, mas ainda assim é formada de gente de verdade, que vive em grupo e que tem
regras de convivência. |
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