 |
Aruba |
|
 |
Barbados |
|
 |
Ilhas Jersey |
|
 |
Principado de Liechtenstein |
|
 |
Grão Ducado de Luxemburgo |
|
 |
Ilhas Maldivas |
|
 |
Ilha de Malta |
|
 |
Ilhas Marshall |
|
 |
Principado de Mônaco |
|
 |
Nauru |
|
 |
Ilha de Samoa |
|
 |
San Marino |
|
 |
São Tomé & Príncipe |
|
|
 |
Parte do texto abaixo foi retirado de uma entrevista com o
micropatriólogo catarinense Luiz Guntner. |
O que significa a palavra Micropatriologia
?
"Micro ..." do grego:
Minúsculo, extremamente pequeno.
"... pátrio ..." do latim Patrium: Pátria, torrão natal.
"... logia" novamente do grego: O estudo.
Micropatriologia é, portanto, o estudo dos menores
países do mundo.
Alguns autores preferem chamar este ramo
especial da Geopolítica de Micropatrologia; outros de Microestadologia
ou, ainda, de Microestatologia. Luiz Guntner opta, em princípio, por Micropatriologia,
para que o assunto não seja confundido com "Patrologia" que é "o
conhecimento da vida e da obra dos pais da Igreja", que nada tem a ver com o estudo e
pesquisa destes aconchegantes lugares: as "pequenas pátrias".
A Micropatriologia pode ser dividida em :
1. Micropaíses independentes,
reconhecidos mundialmente (Exemplo: Mônaco, Andorra, Liechtenstein, Barbados, Nauru,
etc);
2. Micropaíses semi-independentes (Exemplo: Ilha de Man, Jersey,
Guernsey, Mustang, Aruba, Ilhas Cook);
3. Unidades políticas dependentes (Exemplo: Gibraltar, Cayman);
4. Micropaíses antigos ou efêmeros (Exemplo:
Principado de Elba, Cidades-livres);
5. Micropaíses especulativos (Exemplo: Sealand, Oceana, República de
Minerva do Sul);
6. Micropaíses da Lenda e da Mitologia ou Fantasia
(Exemplo: Liliput, Utopia);
7. Micropatriologia do futuro (Exemplo: Jerusalém, como uma cidade
independente, uma espécie de "Vaticano"; e o ressurgimento de antigos
principados, como o de Seborga, Bidache e outros, sem mencionar as possíveis futuras
plataformas espaciais e até as grandes bolhas habitáveis no fundo mar.)
8. Enclaves e Exclaves (Exemplo: Llivia, Jungholz,
Samaun);
9. Territórios Indígenas com relativa independência (Salibia, Isleta,
Ilhas de San Blas).
Algumas das mais conhecidas nações chamadas
Liliputianas:
República de São Marino
- área de 60 km²
Localizado na Itália, às margens do Mar Adriático.
República de Andorra - área de 453 km²
Localizado entre a Espanha e França.
Principado de Mônaco - área de 1,5 km²
Localizada às margens do Mediterrâneo.
Principado de Liechtenstein - área de 160 km²
Localizado entre a Suíça e Áustria.
Grão Ducado de Luxemburgo - área de 2.600 km²
Localizado na confluência da Bélgica, França e Alemanha.
Um Pouco de Geopolítica
A Geopolítica é uma ciência antropogeográfica que tenta interpretar a vida e a
evolução política das nações pelo estudo dos fatores histórico-geográficos. A
palavra Geopolítica surgiu como um neologismo em 1899, com o sueco Rudolf Kjellén,
professor da Universidade de Upsala, que usou o termo como um dos setores de seu novo
"Sistema de Política", um dos campos de ação do Estado. Kjellén dividiu a
Geopolítica em :
Topopolítica - (Problemas de lugar)
Morfopolítica - (Análise geográfica)
Fisiopolítica - (Conteúdo de um território)
Em 1903, na Alemanha, Robert Sieger
critica a palavra, achando-a desnecessária. Na época, os alemães preferiam
"Raumpolitik", ou seja, "Política do Espaço". Quanto ao conceito,
nasceu com Ratzel. Em 1899, Kjellén escrevia: O termo Geopolítica significa,
originariamente, o mesmo que a "Geografia Política" de Ratzel. Ratzel, nascido
em 1844 e falecido em 1894, foi pioneiro da Geopolítica e criador da Antropogeografia.
Nos Estados Unidos, a palavra só começou a ser usada durante a 2ª Guerra Mundial.
No Brasil, o pioneiro do uso da palavra foi o Prof. Everardo Backheuser (Niterói 1879 -
Rio de Janeiro 1951), que usou-a diversas vezes em 1924, nos artigos que escrevia para a
imprensa e na obra "Notas Prévias". O livro mais conhecido de Backheuser,
"A Geopolítica Geral e do Brasil", foi pela primeira vez impresso na Gráfica
Laemmert, em 1952, para a Biblioteca do Exército, baseado no programa de 1948 da então
Cadeira de Geopolítica do Instituto de Direito Comparado da PUC.
Portanto, o estudo da Micropatriologia, como uma ciência recente, pode ser considerado um
ramo da Geopolítica.
Luiz Guntner, conhecido micropatriólogo
catarinense, filho de descendentes suíços, escreveu o livro "Em Busca de Liliput -
Uma Visão Geral e Curiosa dos Menores Países do Mundo ". A palavra
"Liliput" foi tirada de um livro escrito pelo Jonathan Swift, "As Viagens
de Gulliver", no qual narra a vida de um país lendário, aonde seus habitantes não
tem mais do que 6 polegadas de altura, ou seja, 15 centrímetros em média. A palavra
Liliput inclusive padronizou que as nações com territórios minúsculos também são
conhecidas como "Nações Liliputianas".
Guntner conseguiu informações
diretamente do governo de muitas destas nações. O Governo de Andorra foi o que enviou a
quantidade maior: Uma caixa contendo livros, prospectos, mapas e um dos mais belos Atlas
que conheço: o "Atlas D'Andorra", magnífica obra em idioma catalão, a língua
oficial do país. Outros que enviaram material foram San Marino (inclusive com
informações sobre os Sanmarineses que imigraram para o Brasil no século passado, para a
região de Cachoeiro de Itapemirim, onde ainda vivem seus descendentes). Entre outros,
enviaram material informativo os "micropaíses": Principado de Seborga, Malta,
Liechtenstein, Ilha de Helgoland, Mônaco, Ilha de Man, Jersey, Guernsey, Gibraltar,
Norfolk, Niue, Tonga, Nauru, Ilhas Marshall, Micronésia, Tokelau, Bermudas, Ilhas
Christmas, Samoa Americana, St. Pierre & Miquelon e quase todas as ilhas do Caribe.
O estudioso da
"Micropatriologia" não se contenta somente em ler sobre Micropaíses
conhecidos, mas está sempre atento, tentando descobrir pontos minúsculos nos mapas e
quando descobre, por exemplo, uma obscura "República de Tavolara", sente-se
recompensado. Esta minúscula ilha fica nas costas da Sardenha e possui desde 1886 o
"status" de república. Tavolara é desconhecida até pela maioria dos
italianos, o que já não acontece com a "República de San Marino",
mundialmente conhecida. |